A Alemanha deu um ultimato na Rússia. Em declaração na segunda-feira (12), o porta-voz do governo, Stefan Kornelius, afirmou que se Moscou não concordar logo com o cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, proposto por líderes europeus, o país enfrentará novas sanções.

"A Rússia deve concordar com um cessar-fogo de 30 dias. Se não o fizer, serão iniciados novos preparativos para sanções.

O relógio está correndo”, disse Kornelius.

A declaração aconteceu poucos dias após o chanceler alemão, Friedrich Merz, o presidente da França, Emmanuel Macron e os primeiro-ministros do Reino Unido, Keir Starmer, e da Polônia, Donald Tusk, se reunirem com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev. Na ocasião, os líderes pediram um cessar-fogo de 30 dias no conflito – iniciado em 2022 –, começando já nesta semana.

A proposta não recebeu aval de Moscou. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, inclusive, criticou a pressão dos países europeus sobre a trégua. “A linguagem dos ultimatos é inaceitável para o diálogo com a Rússia. Não se pode usar tal retórica com a Rússia", disse ele.

Apesar de não ter aceitado o cessar-fogo imediato, a Rússia concordou em retomar as negociações de paz com a Ucrânia, por meio de delegações na Turquia. 

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que uma pausa nas ofensivas pode ser discutida durante a reunião, desde que leve a uma solução duradoura, e não permita que o exército ucraniano se reforce militarmente.