Madeleine McCann é sinônimo de mistério no âmbito internacional. O caso, iniciado em 3 de maio de 2007, ganhou novas evidências a partir de uma investigação recente do jornal The Sun, em conjunto com as autoridades. A polícia alemã pediu para que o caso fosse reaberto e levado em consideração pela Justiça.
A criança tinha 3 anos de idade quando desapareceu durante uma viagem em família no Algarve, Portugal. Desde então, a busca por ela tornou-se famosa por causa do suspense acerca da circunstância - são inúmeras perguntas sem resposta mesmo 18 anos depois do fatídico dia.
Em janeiro de 2016, alguns vizinhos de Christian Brueckner, cidadão alemão, notaram comportamentos suspeitos e relataram à polícia local, que encontraram uma fábrica abandonada pertencente ao homem. Lá os guardas se depararam com pendrives que continham imagens perturbadoras, como apologia ao abuso e pornografia infantil.
Christian tornou-se suspeito do sequestro de Madeleine apenas em junho de 2020. Foi a primeira vez que promotores alemães revelaram que possuíam alguém sob custódia, além de afirmarem que a menina, possivelmente, estaria morta. O suspeito havia estuprado, em 2005, uma mulher americana na Praia da Luz, último local onde McCann foi vista.
Mas, afinal, o que há de novo?
A investigação, que sempre continua em andamento, desvendou novos itens no imóvel desocupado por Christian que o conectou diretamente ao desaparecimento de Madeleine. Há brinquedos, roupas infantis e frascos que contêm substâncias ainda não identificadas, mas que parecem ser clorofórmio ou éter, comumente usados em crimes do tipo.
Mesmo assim, a polícia encontrou trocas de mensagens no Skype de Christian B com outros pedófilos. Em uma das conversas, Brueckner se vangloria e diz que gostaria de “capturar algo pequeno e usá-lo por dias”, de acordo com o The Sun. Também acharam mais materiais digitais, como discos rígidos, com conteúdo é criminoso.
Uma das principais diferenças em comparação com outros momentos desta pesquisa foi a descoberta de um dispositivo com um sistema de navegação por satélite (satnav) que continha informações de localização na região do Algarve logo após o desaparecimento de Madeleine em 2007.
Outro achado importante foi um documento de segurança que comprova a ida de Christian à Espanha em 2008. Este material é relevante porque comprovou a presença do suspeito em um festival que, de acordo com Helge Buschingo, amigo de Brueckner, para quem o principal suspeito do crime teria revelado que "a menina não significativa".
Atualmente Brueckner está preso na Alemanha por crimes relacionados ao conteúdo digital ligados a abuso de menores. Se ele não for acusado ou condenado pelo caso de Madeleine, poderá ser solto neste ano. Caso contrário, poderá voltar para a cadeia como assassina de Madeleine.