Os Estados Unidos reduzirão, nos próximos meses, o número de tropas na Síria de cerca de 2.000 para menos de 1.000 militares destacados para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou nesta sexta-feira (18) o Pentágono.
Washington mantém tropas há anos em território sírio como parte dos esforços internacionais contra o EI, que surgiu do caos da guerra civil no país e tomou amplas áreas na Síria e no vizinho Iraque há mais de uma década.
Desde então, o grupo sofreu derrotas significativas em ambos os países, mas ainda é considerado uma ameaça.
"Hoje, o secretário de Defesa ordenou a consolidação das forças norte-americanas na Síria... em locais selecionados", declarou em um comunicado o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, sem especificar onde isso ocorrerá.
"Esse processo intencional e baseado em condições reduzirá a presença norte-americana na Síria para menos de 1.000 militares nos próximos meses", detalhou. "Enquanto essa consolidação acontece, em consonância com o compromisso do presidente [Donald] Trump com a paz através da força, o Comando Central dos Estados Unidos [na região] continuará preparado para seguir realizando ataques contra os remanescentes do [EI] na Síria", completou Parnell.
A ofensiva do EI em 2014 desencadeou uma campanha aérea liderada por Washington em apoio às forças terrestres locais do governo iraquiano, lideradas por tropas de operações especiais e pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), comandadas pelos curdos.
Após anos de combates sangrentos, o governo iraquiano anunciou a vitória definitiva sobre o EI em dezembro de 2017, enquanto as FDS proclamaram a derrota do "califado" do grupo em março de 2019, após tomarem seu último reduto na Síria.
No entanto, os jihadistas ainda contam com alguns combatentes nas zonas rurais de ambos os países. Até agora, as forças norte-americanas realizavam ataques e incursões recorrentes para ajudar a impedir o ressurgimento do grupo.